[São José]
O antigo Hospital Real de São José e actual Hospital de São José sucedeu ao antigo Hospital Real de Todos os Santos, que teve o seu arranque a 15 de Maio de 1492. Contou com a presença do Rei D. João II, na altura do seu quadragésimo aniversário, apenas três anos antes da sua morte em Alvor.
A sua inauguração ocorreu nove anos mais tarde, no reinado de D. Manuel I em 1501. A obra esteve a cargo do Mestre das Obras do Reino, o arquitecto Diogo Boitaca. Situava-se no Rossio, ocupando a área da actual Praça da Figueira
Resultado da fusão de pequenos hospitais a sua nomenclatura ficou determinada pela denominação comum aos que se juntaram como – de Todos os Santos (Omnia Sanctorum). Foi também “Hospital Real”, e simultaneamente Hospital dos Pobres. As letras O e S mantéem-se até hoje no símbolo que representa a instituição.
Conta na sua Igreja com pinturas de Fernão Gomes em dourado.
A 27 de Outubro de 1601 deu-se um dos grandes incêndios que destruiram quadros dos Reis de Portugal e as pinturas afresco maneiristas. Outro incêndio deu-se a 10 de Agosto de 1750 e o terceiro e último, a 1 de Novembro de 1755 no incêndio resultante do Terramoto de Lisboa. A ironia foi a de que o Hospital Real de Todos os Santos foi destruído no seu próprio dia, o dia de Todos os Santos.
Recentemente a minha Mãe teve uma consulta no Hospital de São José.
Não conhecia este hospital, nunca tínhamos lá ido, e durante a consulta o médico ortopedista, muito simpático por sinal, e sabendo que éramos de longe e que nos tínhamos deslocado ali propositadamente para a sua consulta, convidou-nos a visitar a Igreja do Hospital, desconhecida pela maior parte de quem lá vai.
A Igreja é mesmo muito bonita, imponente, ninguém diz que dentro do edifício se esconde uma Igreja tão grande e tão bonita.
A Igreja sobreviveu ao terramoto de 1755 e é dedicada a São José.
Sempre que vou a algum local gosto de visitar as suas igrejas, é algo que me fascina!
Fotos: Panasonic Lumix DMC-TZ70EG-K
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Lurdes Alves
Abril 16, 2016Acompanho, diariamente, o seu blog, Luisa e, quero expressar a minha enorme admiração pela partilha de experiências e vivências que a todos enriquece…mais uma vez, muito obrigada, como se diz, popularmente, “nem só de pão (cozinha) vive o homem…”, pois eis que nos mostra uma igreja tão bonita como esta e tantas outras coisas…Continuação de muitas felicidades para si e toda a família. Bem hajam!
Cátia Lopes
Abril 16, 2016E eu aqui de Lisboa e sem conhecer esta maravilha! Também gosto de conhecer as igrejas das terras por onde passo. Contam muito da história da região.
José Lima
Maio 20, 2016Curiosamente, isto não é a igreja do antigo colégio dos jesuítas mas “apenas” a sua sacristia que sobreviveu ao terremoto. Desta maneira, se a sacristia já é assim, podemos imaginar como seria a verdadeira igreja….
Luísa Alexandra
Maio 20, 2016Obrigada pela explicação 🙂