Passatempo «Cozinha Tradicional Portugal» e «A Minha Primeira Cozinha Tradicional Portuguesa» • Vencedores

Quinta-feira, Dezembro 6, 2012

Foi com um imenso prazer que recebi este passatempo no meu blog!

À Editora BABEL agradeço a simpatia desta parceria, e os meus agradecimentos a todos quantos quiseram partilhar cá no blog as suas recordações sobre a receita tradicional Portuguesa que mais marcou a sua infância.
Adorei ler todas as vossas recordações e rever-me também em algumas delas 🙂


Aqui ficam as escolhas:

O livro “COZINHA TRADICIONAL PORTUGUESA” será para a Ana Rita que deixou o seguinte comentário:

Estou aflita. Aflita porque o tempo passa, o avô está a ficar mais velhinho, e eu, ainda não consegui a sua receita da aletria. O meu doce de Natal preferido. A conversa não passa do Benfica, e só no último fim de semana, depois de uma visita ao hospital onde foi submetido a uma pequena cirurgia, é que fiquei a saber que o avó tem uma irmã, e que a bisavó se chamava Laurinda, e que o bisavó não tem nome. A aletria do avô faz-me lembrar a árvore enfeitada com as luzes vermelhas, e verdes, e amarelas, que piscavam uma de cada vez, ficando eu a olhar por tempo indeterminado e a adivinhar a cor que ia piscar a seguir. A aletria do avô tem o nome da avó, tem o cheiro do 4º andar de Lisboa, tem a alegria do tio que eu adoraria que estivesse aqui hoje para me dar um abraço. A aletria do avô tem o riso dos manos a correr pelo corredor e a subir as escadas para o quarto da tia. A alegria do avô tem o sabor de uma vida longa e que se quer bonita e floreada. Adoro-te avô, e quero a receita!
Os livros “A MINHA PRIMEIRA COZINHA TRADICIONAL PORTUGUESA” serão entregues à Vera Reis, à Sónia Costa Oliveira [comentário deixado na página de Facebook do blog] e à Anabela Campos [comentário também deixado na página de Facebook do blog].
Aqui estão as suas recordações:
é incrivel como atribuimos marcadores ás nossas memórias de infancia, sejam eles, cheiros, sabores, imagens…. Ervilhas com ovos escalfados é o prato que me faz flutuar até lá, prato esse k ainda amo…leva-me de volta ao tempo em que a minha avó ou a minha tia me pediam para descascar as ervilhas, e lá estavamos nós todas numa mesa tipica alentejana,camilha redonda, com braseira por baixo, para nos aconchegar do frio, para mim era um fascinio poder contribuir para a preparação da refeição da familia, e fazia-me sentir já adulta e responsável…. que lindas recordações, tempos que jamais voltam, a não ser mesmo no nosso pensamento, por isso mesmo temos que os aproveitar ao máximo, cada cheiro, cada sabor, cada imagem…e transmitir isso tambem aos nossos filhos e netos….para que lhes possamos deixar recordações como nós temos dos nossos pais e avós….
Sonia Costa Oliveira BOLOS FINTOS! A receita que mais me marcou desde que me conheço como pessoa foram os Bolos Fintos da minha avó Chica e já sei que ao recordar vou chorar…..a minha avó do coração ainda é viva, mas os bolos fintos para ela serão apenas uma recordação que só se lembra se falarmos deles, mas eu faço questão de os manter vivos, fazendo de vez em quando no meu forno a lenha. Com os meus 5 anos o melhor da vida eram os dias passados na avó e melhor ainda quando se faziam bolos….amassava-se ás 8 da noite, ficavam a fintar pela madrugada fora, nós todos iamos deitar e a avó ficava sentada ao pé do alguidar dos bolos, para os guardar e não cairem do alguidar, este era tapado com cobertores e atado com um cordel , pelas 4 da manhã estava na hora de começar a tender, a avó chamava o pessoal(era uma festa) uns acendiam o forno, outros tendiam, outros faziam o café….a minha avó tem sete filhos, logo eramos muitos….depois dos bolos cozidos,( lembro-me como se fosse hoje) os queimados quem os comia era a miinha avó, dizia que o queimado era para matar as lombrigas!!!! Ficará para sempre no meu coração e na minha memória estas imagens e este sabor!
  • Anabela Campos Tradicional rima com Natal. E é o Natal que me traz recordações que a memória nunca apaga. E a maioria delas passa-se na cozinha, uma horas antes da consoada, numa azáfama de mulheres adultas de duas ou três gerações. A minha pequenez fazia tudo parecer tão grande: a mesa enorme da cozinha onde a avó amassava as “orelhas de abade”, o fogão, onde a tia fritava as “filhós de forma”, a banca onde a mãe lavava as couves para acompanhar o tradicional bacalhau. E numa grande bacia de louça azul, encavalitada no cimo de um banco, a minha humilde (mas para mim importante e grandiosa tarefa) era mergulhar as rabanadas que a prima mais velha me ia passando em açúcar misturado com canela. Aquele aroma que ficava, misturado com o calor que o fogão de lenha, qual pulmão da cozinha, respirava em forma de vapor com cheiro a laranja e cravinho, era das melhores coisas que a festa tinha. Na sala, já os homens da casa iam petiscando uns pedaços de polvo frito, enquanto esperavam pela hora do jantar. E eu… ia pondo para o lado uma e outra rabanada, que se tinham partido durante a fritura… ou que por vezes eu partia de forma disfarçada enquanto as passava na canela e comia, comia as rabanadas quentes e açucaradas que eram a iguaria do meu Natal, o meu doce preferido da época.

Uma vez mais o meu muito obrigado a todos pela adesão ao passatempo e espero, muito em breve, voltar a repetir!
Relembro uma vez mais que o lançamento do livro “A MINHA PRIMEIRA COZINHA TRADICIONAL PORTUGUESA” será amanhã, pelas 18H30, no restaurante do El Corte Inglés, em Lisboa.
Às vencedoras agradeço que me enviem para o mail os vossos dados para o envio dos livros:
luisaalexandramarques@hotmail.com
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